“Apresenta-se uma nova revista jurídica no espectro editorial português: Julgar”. Com estas palavras, apresentava-se a Julgar aos seus leitores, corria o ano de 2007. Recordo-as agora, bem como ao escopo último da revista — “contribuir para a discussão da problemática da aplicação do direito e da jurisdição” —, pois este é o último número da Julgar dirigido por mim.
O julgamento do essencial que é a Julgar caberá sempre aos leitores.
A avaliação que faço, cingindo-se ao secundário, serve apenas para registar que a Julgar, com a periodicidade prometida, tornou-se uma presença regular nas secretárias dos juristas e nos escaparates das livrarias. Dois anos após o lançamento da revista, procurando servir melhor os seus leitores, esta presença estendeu-se ao ciberespaço, com o nascimento da Julgar on line.
Académicos, juristas em geral e, sobretudo, juízes de todas as jurisdições, colaboraram connosco ao longo destes anos. Podemos afirmar, não sem uma ponta de orgulho, que contribuímos para o que defendemos ser uma magistratura esclarecida.
Julgar é hoje uma revista reconhecida pelos juízes, pela academia, pelos juristas.
O ordenamento jurídico português atravessa uma fase crucial do seu desenvolvimento em democracia. O mundo do Direito fervilha com as reformas em curso e com as que se anunciam. Acompanhar e participar nesta mudança, são estes os estímulos e os desafios que, já amanhã, se colocarão à Julgar. Augura-se um futuro entusiasmante para a revista.
Pela minha parte, resta-me agradecer, em primeiro lugar, a quem acreditou no projecto e permitiu a sua concretização: António Martins, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses. Num segundo momento, a todos os que me acompanharam neste projecto: Frederico Branco, Joana Costa, José Eusébio Almeida, José Igreja Matos, José Tomé Carvalho, Nuno de Lemos Jorge, Maria de Fátima Mata-Mouros, Paulo Duarte Teixeira, Paulo Ramos de Faria, Pedro Soares de Albergaria e Raquel Prata. Em terceiro lugar a todos os autores, que nos honraram com a cedência dos seus escritos.
Last, but not the least, àqueles que deram sentido ao trabalho da equipa: os nossos leitores.
Obrigado.
José Mouraz Lopes