Vivemos tempos estranhos.
Quem, outrora, combateu contra e impediu a coletivização dos meios de produção é, hoje, protagonista da maior coletivização das liberdades individuais cuja memória das últimas décadas nos permite, ainda, recordar. Preconiza-se, diariamente, o sacrifício individual (heteroimposto), em prol de um suposto “bem comum”.
Não falo (apenas) de pandemias. Felizmente, transitórias e episódicas.
Refiro-me, antes, a políticas públicas toldadas por uma ideologia excludente que pretende fazer dos indivíduos seres virtuosos e perfeitos. Em especial, as políticas públicas de saúde que pretendem aplicar uma visão monopolista e monopolizadora sobre um único modo adequado e aceitável de viver.