A autora, assentando o seu texto em profusa diversidade doutrinária procura verificar se as mulheres Europeias terão demasiados direitos. As posições reportadas ao longo do texto, que são postas em confronto partem, designadamente, da circunstância do processo histórico de reivindicação feminista poder dividir-se em dois períodos, a saber, o da luta que serviu para alcançar e igualdade social, politica, educacional, jurídica e económica entre homens e mulheres; e um segundo, iniciado em finais do Séc. XX, caracterizado pela reivindicação do reconhecimento politico e jurídico da diferença e das identidades particulares. As desigualdades que vão sendo geradas na Sociedade terão a ver com a forma como as relações de poder são definidas e distribuídas, encontrando-se as mesmas sexualizadas como domínio e subordinação. Por outro lado, a violência doméstica questiona também os direitos das mulheres, assumindo-se como a forma mais presente de discriminação com base no género, a qual se verifica em todas as camadas sociais. Conclusivamente, refere a Autora, que as mulheres continuam a ter maiores dificuldades de acesso à instrução, aos cuidados médicos aos trabalhos mais qualificados e remunerados, aos cargos políticos e a trabalhar mais horas que os homens e a receber menos.